Independente e Descomprometida

Isto é um desabafo…,

Uma mulher já não pode ser engraçada, independente e descomprometida, nem estar sossegada na sua vida, que há logo uma data de homens que acham que estamos “disponiveis”…

Para mim os amigos, de ambos os sexos, nunca são demais, por isso gosto de conheçer pessoas e partilhar experiências, e até pode ser que com o tempo os junte à minha galeria de amigos do peito, que não sendo muitos, são muito bons.

Infelizmente nos tempos que correm, amigos homens e solteiros, é uma coisa que não existe.

Compreendo que cada homem ou mulher procure alguém para partilhar a sua vida, é mais do que válido, ninguém foi feito para viver sozinho, mas qual é a dificuldade em compreender que eu especificamente não estou à procura de nada, hum?

Há coisas que para mim não se procuram…, aconteçem…, é como a metereologia!

Ninguém percebe, que uma pessoa precisa de tempo para si?
Para se redescobrir?
Para voltar a ouvir aquela voz que vem cá de dentro e sabe sempre o caminho a seguir?

Resumindo estou a renovar o meu prazo de validade, por isso gajos Back OFF!

E por favor, não utilizem a palavra “noiva” e “casamento” num espaço inferior a dois minutos que eu começo a revirar os olhos!

Acho que já me sinto melhor…

E sim.., Cátiazinha, eu ainda acredito no Amor. :-)

2 comentários:

Anónimo disse...

De alguma forma ou de outra, em qualquer momento da vida (as independentes e descomprometidas) já passaram por isto, penso que esta é uma experiência enriquecedora e não é “duradoura”. Há um estado de graça durante um certo período, imediatamente a seguir a um período de rompimento de qualquer coisa anterior. Este estado também é produzido por nós, porque procuramos (outra vez) respostas para muita coisa que não correu como queríamos, e tentamos voltarmo-nos para nós, envaidecemo-nos, cuidamos mais da nossa imagem, porque é apenas com aumentarmos a nossa auto-estima que conseguimos ultrapassar momentos menos felizes.
Se uma mulher for atraente, inteligente e com sentido de humor, os homens vão normalmente querer dar o ar da sua graça, mas muitas vezes também não passa disso. No fundo foi isso que nos ensinaram anos a fio…criar raízes e relações. Embora muita coisa tenha vindo a mudar.
Há dois momentos antagónicos neste período de independência e descomprometimento, uma “fase de deslumbre” e de “revalidação” do nosso poder feminino e outra fase (em pouco tempo) de desconforto, porque a conversa é sempre a mesma, não há nada de novo, não queremos coisas fugazes, lugares sem graça, recomeços sucessivos (queríamos rotinas que já não podem ser nossas). Tomamos consciência que vão diminuindo as possibilidades de nos cruzarmos com pessoas interessantes ou pelo menos com aquelas que nós achamos interessantes.
O momento seguinte é o melhor de todos…Quando “somos” nós próprias, quando aceitamos a realidade da nossa história, quando aceitamos as nossas fraquezas e sabemos viver bem com isto, quando se torna claro que está dentro de nós a capacidade para gritarmos ao mundo Sou Feliz com o caminho que escolhi.
As conjunturas vão alternar entre momentos de grande euforia e grande desanimo…mas no fim do tempo, dessas tempestades e altos e baixos, chega um entendimento da vida e um compromisso.

Nina Simone disse...

Cara Anónima,

Concordo inteiramente com o que disse e com a maneira como o fez, e espero sinceramente chegar à última fase que descreveu, quem sabe um dia destes.:-)

Um abraço.