Quase... de Férias.


Sábado estou oficialmente… de férias. É pegar no Gato e arrepiar caminho para o Algarve.

Ando a suspirar por uma praia deserta de areia fina e um mar turquesa…., por uma toalha ao ombro, livros na mochila e um chapéu de palha… cheiro a protector solar e sal na pele.

Preciso de silêncio… e de olhar para dentro sem distracções…. e perceber honestamente o que vejo.

Sim, minhas queridas PG e O., já sei que tenho duas noites de conversa reservadas para as minhas amigas, e já sei que me vão fazer deitar “cedinho”, mas tirando vocês, esta semana é para mim.

Até à volta.

Hábitos

Oiço dizer muitas vezes que o ser humano é uma criatura de hábitos, mas é com grande alegria que constato que somos na verdade seres muito adaptáveis.

E a prova disso foi que fiquei mais de um mês sem rádio e televisão e não morri.

Também não morri quando começei a dar o corpinho ao manifesto (a retêr que eu tinha uma empregada de mão cheia) e começei a limpar a casa e voltei a pegar no ferro de engomar.

Também não me deu nenhum fanico por me sentar no chão da sala em vez de ter um sofá….

E depois à medida que as possibilidades vão permitindo vou preenchendo as prioridades, um mês isto, depois aquilo…. Acho que passei a ter noção do valor do trabalho, e apreço por tudo o que consigo com empenho…

Ontem enquanto via o último Batman que um amigo meu me emprestou, deitada na minha manta no chão da sala, tive imensa vontade de sorrir por sentir os encaixes da rotação da vida, …..o sol a entrar no fim do dia pelas amplas portadas da varanda, o meu gato a dormir pachorrentamente junto à minha viola e aquela serenidade que ocorre em raros momentos a entrar-me pelos olhos.


Começar o dia com uma Massagem…


Ainda nem eram oito da manhã e já estava a estacionar o bólide em Lisboa.
Menos trânsito, menos stress, mas mais sono….

Mas hoje foi especial…. iniciei o dia com um autêntico mimo ….. uma massagem!

Fiquei completamente relaxada, em harmonia, e com uma grande energia para trabalhar.

Quantos são? Quantos são? Venham eles que eu hoje posso tudo! :-))

Finalmente…. Já tenho Televisão!!!!!


Quartas-Feiras

Quarta-feira é dia de meditação. Saio do trabalho, calço as chinelocas e arranco para o Estoril… o passeio é bonito pela marginal junto ao mar, e tem menos trânsito que a A5.

Em tempo de verão o Pedro dá aulas na tenda montada no pátio de casa, por isso é tão agradável sentar-me nas almofadas fofas, sentir a aragem de mais um dia de verão que chega ao fim e ouvir…..

Não é fácil ouvir…, não é nada fácil admitir que os pressupostos em que assenta a minha vida não são os mais verdadeiros, os que naturalmente escolheria para mim, os que conduzem à felicidade, mas os impostos durante anos por convenções sociais.

Falar de assuntos como a morte com leveza e aceitação, de desapego nos relacionamentos, do combate à indiferença, de desprendimento das coisas materiais, de impermanência, de karma, mexem connosco…

Algumas frases ao sairem sem máscaras e adornos da boca do Pedro, marejam-me os olhos de lágrimas…., vislumbro num ápice as questões por resolver, os lugares dos medos e tantas outras coisas que falam de mim, de um “mim” que tem muito para andar, que é frágil e pequenino e às vezes é enorme e corajoso.

Como volto sempre aos lugares que me metem medo, contínuo a voltar para a semana.

Limpeza Étnica


O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. "Perdi tudo!" "O que é que perdeu?" perguntou-lhe um repórter.

"Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem..." Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos auto desalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga "quatro ou cinco euros de renda mensal" pelas habitações camarárias. Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que "até a TV e a playstation das crianças" lhe tinham roubado. Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos". Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos." A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e auto denominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.

Um,dó,li,tá...


O problema de ter demasiadas actividades é que não me deixa tempo para pensar….

Por isso, está na altura de abrandar….

e pensar sobre o caminho, de todos os trilhos possiveis que se abrem, que quero seguir.

Saudades


Depois da correria em que tenho andado com mudar de casa, mudar de vida e finalmente começar a estabilizar, ontem tirei tempo para falar com calma para as minhas queridas amigas Tia F. e T. que habitam o meu arquipélago preferido.

Estas duas pessoas tão queridas para mim, transmitem-me constantemente um sentimento de compreensão, de aceitação, e de desejo de um dia conseguir encarar a vida de uma forma tão natural.

Agradeço-vos a amizade do fundo do coração, e para mim serão sempre familia.

Para o ano prometo-vos uma visita para matar saudades que já são muitas, vossas e de uma ilha que eu adoro.

Um beijinho para todos.

Casório



O casamento do P. no sábado foi de arromba!

Pela primeira vez não me perdi no caminho, e fui dar direitinha ao sitio, que diga-se de passagem era lindo….

Sinceramente estava à espera de apanhar uma grande seca debaixo de um sol abrasador, mas eis senão quando, o casório se transformou em reunião do meu ano de faculdade, com todos os meus colegas do antigamente, e com mais uns quantos amigos novos que vou fazendo pelo caminho.

Comovi-me quando ouvi o meu amigo dizer sim,

e depois, entre comes e bebes, uma aula de salsa e demonstrações de dança do ventre, a noite foi prazeirosa…. nem sequer faltou música de outros tempos que ecoava pelos jardins labirinticos, e para acompanhar, uma intoxicante lua cheia. ...

Ao meu querido amigo P.

É com grande alegria que no próximo sábado vou estar presente quando disseres “sim”, aliás nem poderia deixar de ser.

Estava-me a recordar que nos conhecemos à uns bons 11 anos, e que durante esse tempo não nos zangámos uma única vez , e a nossa amizade não sofreu nenhuma alteração.

Não me lembro de uma única crítica da tua parte, de uma frase fora do contexto, de um mal entendido…, e estás sempre lá quando eu ligo para rires comigo ou para me ouvires chorar sem qualquer problema.

E é de referir que quando nos conhecemos já vivias apaixonado com a mulher com quem vais casar, e deixo aqui o meu agradeçimento pelas muitas tardes de franca brincadeira em que te ajudei a comprar dezenas (porque foram incontáveis) presentes para a querida S.

Lembras-te? Eram chocolates, produtos de beleza, livros, bijutaria e o que deu mais trabalho a ensinar-te vestidos de noite e lingerie, mas passaste com distinção porque hoje és prefeitamente capaz de comprar tudo isto sozinho.

E como és familia para mim, não quis deixar passar a ocasião, e por isso aqui fica o meu desejo sincero de felicidade, e a minha amizade para o que der e vier.

Homeopatia para Crianças


Para as minhas queridas amigas que já são mães, e que se debatem com os problemas de saúde dos seus bébés, aqui fica a opinião de uma amiga minha, também ela mãe, sobre os beneficios da homeopatia aplicada à sua vida e à do seu filho.


Mudar de casa...


Mudei de casa faz quinze dias, e depois do período do limpar, arrumar e começar-me a habituar a um novo espaço (eu e o gato) finalmente senti que este fim de semana a minha casa começou a adquirir contornos de “home”, expressão que os ingleses usam tão bem e que me lembra aconchego…

As portas lá de casa abriram-se, e começaram a deixar entrar os seres amorosos que habitam a minha vida…..

E entre risos, gargalhadas e abraços, a ternura começou a habitar a minha casa…

O que nos passa ao lado


Vivo perto da praia à 7 anos, 10 minutos de carro e lá chego com direito a estacionamento e tudo. E nunca usufrui desta próximidade com regularidade para um bichinho como eu que adora água!

Porque não depois de um dia de trabalho descalçar os sapatos e dar uma corrida no areal, aproveitar o vento que dança nos cabelos e ver o sol que se pôe…..

Para quê ter uma enorme varanda, se não me deitar uma única vez na espreguiçadeira com um bom livro num dia de sol?

Para quê ter um jardim, se não mergulhar as mãos na terra?

Ter animais de estimação se não os abraçamos ou gozamos da sua companhia?

De que vale “ter” se não “vivemos” os sitios, os cheiros, os paladares e a temperatura das coisas…?

Acho que ainda vou bem a tempo de abrir os meus olhos pestanudos em tom de espanto e descobrir os pequenos prazeres e alegrias que tornam os dias tão felizes.

Vou começar já hoje para não perder a embalagem e não me esqueçer dos milagres que habitam ao meu lado.

Apanhada com a mão no frasco dos bolinhos…


Mas como é que ainda me conseguem fazer sentir assim?

PAUSE... to think.


Vontade de dar uns bons pontapés num saco de boxe para ver se liberto este animal….

SOL

Frio, o mar
Por entre o corpo
Fraco de lutar.
Quente, O chão
Onde te estendo
E te levo a razão.
Longa a noite
E só o sol
Quebra o silêncio,
Madrugada de cristal.
Leve, lento, nu, fiel
E este vento
Que te navega na pele.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu
(Um pouco mais...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.

Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.
Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.

Sangue,
Ardente,
Fermenta e torna
aosDedos de papel.
Luz, Dormente,
Suavemente pinta o teu rosto apincel.
Largo a espera,
E sigo o sul,
Perco a quimera
Meu anjo azul.
Fica, forte, sê amada,
Quero que saibas
Que ainda não te disse nada.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu
(Um pouco mais...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.

Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.
Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.

Sexo e a Cidade - Filme

Na sexta-feira foi noite gajas, por isso nada melhor que um jantar a trocar ideias e confindências no feminino e depois um filme mesmo adequado - Sexo e a Cidade.

Para minha grande surpresa, adorei o filme!

Não admira que tantas mulheres se identifiquem com aquelas quatro criaturas, e com facilidade embrenhamo-nos nas suas vidas, tão pareçidas com as nossas nas suas emoções, paixões, tristezas e desilusões.

Afinal andamos todos à procura do mesmo, a felicidade, apenas às vezes por caminhos diferentes.

A não perder.