Liberta-me, digo-lhe baixinho…
Tanta dualidade…., ternura que embala rebeldia, fragilidade de uma natureza selvagem, calor que é frio e calor outra vez, tempestade e serenidade…. tal confusão instalada numa alma que gostaria clara e mais ciente de si.
Liberta-te, murmuras-me do fundo…
Problemas que se transformam em soluções, caminhos que se abrem sem pedir, esperanças a desatar desejos que nem sequer pressinto….. e o medo de não ter maturidade para receber o que a noite trás…
As regras que me escapam, nada é o que parece, e no centro do corropio a lógica inexplicavelmente impera…, a do cosmos, da vida, de Deus, do que se queira chamar.
Sopras um sussurro….aceita….
Respiro, preciso de respirar para não fugir de quem me habita… se virar costas e correr nunca mais paro nem me encontro….
Permaneçe….…lembras-te…
Acho que está na altura… de aceitar sem reservas o meu coração de guerreira e de mulher.
Porque é que tem de ser tão difícil?