Crónicas de Paris - Capitulo III - 24H em Paris

Apanhámos o metro para o Quartier Latin, um frio de rachar nas ruas estreitas a lembrar o Bairro Alto cheias de Mercearias Tipicas, Chocolateries, e bares para todos os gostos.
Estudantes, turistas, em gorros, luvas e cachecóis procuravam como nós um bom sitio para assentar.

Descobrimos um bar muito giro, irlandês, com musica ao vivo, em Paris canta-se a sério, foi um prazer ouvi-los.
Mas os Parisienses ao contrário dos Portugueses são despachados, rápidos mesmo, decididos no que toca ao sexo oposto, e têm uma grande “finura”, como diria o Eça de Queiróz.
Ao fim de dois minutos tivémos que trocar de mesa para desagrado dos jovens da mesa ao lado. Mas não dava…. “Eu sou um homem, tu és uma mulher” só me lembrava “Eu sou Jane, tu és Tarzan”, HELP!

Próxima paragem, um bar de karaoke com discoteca no piso de cima em frente a Notre Dame.

Foi só o tempo de chegar ao pé do Karaoke para escolher uma música:

- Qui est vous? (perguntou-me)
- Je suis Patricia. (respondi)
- Je suis Patrick (apresentou-se)

Depois de me perguntar o que fazia, de onde vinha, e o que queria cantar, sentou-se ao meu lado e sem perder tempo:

- Vous avez faire de l’amour avec mois?

Dei uma gragalhada, foi como se me perguntasse se queria uma bica, mas com jeitinho e um certo charme trabalhado à força da esperiência.

Agradeçi-lhe ainda a rir, mas hoje não me apeteçe respondi..

- Porquoi?

Porque não, mas podemos conversar e divertirmo-nos.

E assim foi, estipulado que ninguem ía dormir com ninguém dançei até às seis da manhã, e acabei a cantar a plenos pulmões “ I kissed a girl and i liked it”.

Pelo caminho despachei um Egipcio que só me dizia que amava Portugal depois de nos ver dançar um bocadinho de dança do ventre, mas que era um tipo porreiro e prático, boa pessoa mesmo.

O Keanu (não, não era o Keanu Reeves) que estava na sua despedida de solteiro, arranhava um bocadinho de brasileiro (lá está, experiencia) , e a noiva estava a fingir que subia e descia um varão virtual…

E mais uns quantos franceses giros e simpáticos que finalmente sabiam um pouco de inglês, e que esclarecido que não havia nada para ninguém foram incansáveis companheiros de karaoke e dança.

De manhã foram até à porta despediram-se de nós.
Já decidi, sempre que o meu ego estiver em baixo volto a Paris!

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